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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Na velha fábula da raposa atribuída a Esopo, depois recriada por La Fontaine, as uvas estavam verdes. Na Macau de hoje o problema não está na verdura ou acidez das uvas, ou na prateleira em que se encontram. O problema está mesmo no seu preço. Um cacho de uvas brancas, com cerca de uma libra, por MOP $ 548,00 (uns 60 euros ao câmbio do dia), ou de uvas pretas por MOP $ 348,00, não é um valor aceitável em nenhuma parte do mundo, ainda que tivessem sido colhidas pelo Imperador do Japão.
A carestia de vida numa região tão pequena como a RAEM é hoje uma afronta aos seus cidadãos, um insulto a todos aqueles que vivem com 4 ou 5 mil patacas por mês. E diz bem da falta de empenho do poder político e da total ineficácia das suas políticas na resolução dos problemas quotidianos das pessoas.