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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Basta olhar para os títulos dos jornais e ter tomado atenção ao que a televisão e a rádio têm referido para se perceber que o conflito entre o Presidente do Tribunal de Última Instância e o Presidente da Associação dos Advogados de Macau não só não traz nada de bom como não augura um futuro melhor.
A minha leitura é que o conflito passou do plano pessoal para o institucional. As consequências são óbvias.
Ainda esta manhã se lia que "Neto Valente pede a juízes para contrariarem 'mau exemplo' de Sam Hou Fai". Noutro local era o "Presidente em causa própria" que saltava aos olhos de todos. Num terceiro matutino sublinhava-se que "Neto Valente renova criticas a Sam Hou Fai". E para quem não leia em português, o Macau Daily Times esclarecia que "Neto Valente accuses Sam Hou Fai of being 'judge in his own cause".
De uma coisa já todos temos a certeza: estiveram ambos mal. Muito mal.
Erros todos cometemos, alguns mais do que outros. E recorrentemente no caso de algumas personagens; sendo que saber quem aqui tem ou não teve razão é para o efeito absolutamente indiferente quando se conhece o que vem de trás e que de cada vez que há fumo só meia-verdade se revela. Porque nunca convém que se saiba tudo.
Em todo o caso, o mau serviço que está neste momento a ser prestado à justiça e à advocacia pelos protagonistas é notório. E se saída há confesso que só vejo uma, qual seja a de cada um ir à sua vida, deixando as instituições renovarem-se e funcionarem (apesar de eu não acreditar que isso possa vir a acontecer num futuro próximo).
O que está na rua desprestigia-os tanto a eles como às instituições a que pertencem e à RAEM.
Talvez o Chefe do Executivo possa fazer uso dos seus bons ofícios para colocar um ponto final nesta bagunça. A ver se isto acalma.