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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Ando há anos a chamar a atenção das autoridades, designadamente da PSP, para a grave situação que se vive na Urbanização One Oasis, em Coloane, com as transgressões que são diariamente cometidas e que colocam em risco a segurança da circulação de outros veículos e de peões.
Ora são as dezenas de rádio-táxis e de carrinhas de junkets parados à direita e à esquerda, fazendo das vias de circulação uma enorme praça de táxis, como é a circulação em contramão para se pouparem uns metros e umas gotas de combustível.
Da última vez que falei com um agente que se entretinha num domingo a multar carros estacionados em locais onde não estorvam ninguém, a única coisa que consegui foi que colocassem, não apenas um pino nas passadeiras dos separadores centrais entre as vias, para impedir que os veículos fizessem inversão de marcha por cima daquelas, mas um monte de pinos metálicos verdes, assim se dando mais uma verba apreciável a ganhar ao fornecedor que encheu Macau e as ilhas dessas novos emplastros urbanos.
Hoje, quando atravessava uma das passadeiras da Rua dos Bombaxes fui surpreendido com dois veículos fazendo inversão de marcha em contramão, pela Estrada de Seac Pai Van.
Não foi ninguém atropelado por pouco, visto que a velocidade a que a transgressão é feita implica que não se perca tempo. O motorista do táxi ao aperceber-se que estava a ser fotografado pelos peões ficou aflito, quis fazer marcha-atrás, e pediu desculpa. O outro condutor achou imensa piada ao flagrante e começou a rir-se.
Se as autoridades em vez de perderem tempo a multar os carros às duas ou três da manhã, a identificar quem passa no Leal Senado, a instalarem câmaras onde não fazem falta ou a levarem pseudo-manifestantes para as esquadras fizessem o que lhes compete, talvez esta situação estivesse resolvida.
Assim, resta esperar até que um dia alguém seja atropelado numa passadeira do One Oasis ou que ocorra um choque frontal na Estrada de Seac Pai Van, com muita chapa, mortos e feridos, junto à Rua dos Bombaxes ou nas traseiras daquele hotel cujas condições de atribuição da licença ainda estão por esclarecer pelo CCAC, para se fazer alguma coisa.
Mas garanto que nesse dia irei pedir contas ao Secretário para a Segurança e a todos os que, perdendo tempo com questões de lana caprina, há muito ignoram o que se passa enquanto os tipos que colocam os pinos e barreiras metálicas vão enriquecendo.