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apoios

por Sérgio de Almeida Correia, em 22.01.16

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(Foto de Pedro A. Pina, RTP) 

Eu já estava admirado com a sua ausência. Pensava que o homem se refugiara num retiro sabático no Copacabana Palace ou no Polana até depois das eleições, mas compreendo que não quisesse desiludir ninguém e eis que resolveu aparecer a tempo de dar uma mãozinha na recta final da campanha. Depois de ter pedido o apoio no Conselho Nacional do PSD ao candidato "independente" do partido e de ter conseguido a aprovação de uma recomendação desse mesmo Conselho Nacional para o voto no candidato "independente", eis que Miguel Relvas surge em força na recta final da campanha das presidenciais. Sei de fonte segura que o Prof. Marcelo ficou entusiasmadíssimo com esta aparição e prepara-se para logo à noite agradecer o empenho do apoiante.

Especialistas na arte de baralhar, partir e voltar a dar há poucos. Em Portugal é uma das profissões mais reconhecidas publicamente, mais bem pagas, e que para além de uma boa agenda telefónica, alguns contactos ao mais alto nível e muita lata, não exige especiais qualificações. Com as voltas que a banca dá, se o Prof. Marcelo for eleito ainda vamos ver o apoiante a ser recebido em Belém. Na qualidade de banqueiro, pois claro, que isso sempre dá outro estatuto.

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guterres

por Sérgio de Almeida Correia, em 15.08.14

Faz agora três meses que o assunto começou a ganhar força. O pretexto foi o lançamento de um livro, devidamente enquadrado por uma entrevista à Sábado e, que me recorde, uma notícia do i. Entretanto, Santana Lopes também assomou fugazmente à varanda. No passado dia 12 de Agosto foi a vez do Público retomar o assunto. De mansinho, enquanto não disparam os nobres e as aves de capoeira, os presidenciáveis começam a ocupar os seus lugares.

António Guterres tem vários pontos a seu favor. Não é um arrivista, tem educação - coisa que muitos políticos no activo não têm -, apresenta pergaminhos académicos insusceptíveis de discussão nas primeiras páginas de alguns jornais que misturam assuntos sérios com o silicone que levou ao rompimento de noivados, possui experiência governativa, não fala com a boca cheia, não usa fatos castanhos, consegue comunicar em várias línguas, e, o que não é desprezível, sabe ler e escrever em português decente. Para além disso, é reconhecido fora de portas, mostra um currículo com uma vasta experiência internacional e os pergaminhos de uma carreira na ONU à frente de um cargo particularmente difícil e exigente como é o ACNUR. Acima de tudo, tal como Santana Lopes, é um homem sério, não constando que ande por aí a amealhar para a reforma e as peúgas com as acções que o primeiro vendedor de castanhas lhe ofereça.

Contra si pesa, ainda, a imagem que deixou quando bateu com a porta do Governo e do PS, após umas autárquicas pouco conseguidas, uma proximidade à Igreja Católica vista por alguns sectores como excessiva, para já não falar na dificuldade que tem em fazer contas complicadas com microfones à frente.

Todos sabemos que as funções presidenciais são bem diferentes das de um primeiro-ministro, e que o facto de um indivíduo não ter sido um excelente primeiro-ministro, com excepção de um caso conhecido, não o transforma num Presidente sofrível. Em especial se tiver um mínimo de bom senso, a noção de que a Terra é redonda e de que o Sol não gira à volta do Palácio de Belém.

Guterres tem boa imprensa - tal como Cavaco Silva no seu tempo e Passos Coelho ainda mantém -, mas para conseguir ser bem sucedido vai ter de se afastar da imagem que deixou no espírito de muitos portugueses de ser um "mole" demasiado palavroso. O ACNUR deu-lhe outra dimensão e mostrou que é um homem que não foge à luta, sendo capaz de compreender a dimensão do sofrimento humano. Quanto à segunda parte, se quiser fazer o caminho, vai ter de ser mais poupado nas palavras de cada vez que tiver de falar. 

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santana

por Sérgio de Almeida Correia, em 24.07.14

Pedro Santana Lopes, como qualquer pessoa normal, tem virtudes e defeitos. Considero que o seu governo foi um desastre, que nunca deveria ter aceitado a pasta nas condições em que Durão Barroso a passou; e para fazer um "jeito" ao seu partido, ao incumbente que estava de saída e, pensava ele, prestar um serviço a Portugal, enfiou-nos num buraco do qual só Jorge Sampaio nos tirou. Todos sabemos o que veio a seguir e que ainda hoje persiste, pelo que sobre esta última parte poderemos falar noutra altura.

Mas tirando esse episódio, e alguns outros menos conseguidos na Secretaria de Estado da Cultura ou na Câmara Municipal de Lisboa, o ex-primeiro ministro tem três características que eu aprecio em qualquer pessoa. Mais ainda num político. É inteligente, frontal e corajoso. É evidente que tudo isso junto não chega para fazer um bom líder ou um bom governante, menos ainda um bom Presidente, mas confesso que às meias-tintas, à dissimulação e sonsice de alguns que nunca se definem e vão mascando pastilhas, prefiro tipos como ele que se chegam à frente e dizem que estão presentes.

Ficamos todos a saber com o que contamos, as coisas ficam claras e os coelhos são obrigados a sair da toca para não levarem com o chumbo dentro dela

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