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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.

Noite curta e mal dormida, pese embora a enorme satisfação. É desta que aqui vos quero dar conta porque não podia passar em branco a qualificação dos Tubarões Azuis para o Mundial de Futebol de 2026.
O pai Eurico e o meu amigo Jorge Monteiro, se ainda estivessem entre nós, teriam exultado de alegria. Não estão eles, estou cá eu e a nota devida aqui fica.
Uma nação jovem, que ainda este ano completou 50 anos de independência, cheia de dinamismo, vontade de fazer melhor em cada dia para o seu progresso e o de todos.
Terra de gente boa, sã, alegre, trabalhadora e que connosco partilha a língua e o sentimento. Terra de saudade, de músicos, de poetas, de escritores, de emigrantes, como nós, de boa comida e melhor mar. Pátria da morabeza.
Ontem viveu-se um momento mágico no Estádio Nacional, na cidade da Praia, acompanhado à distância a partir do meu posto de observação, aqui em Macau, e ao qual como português, amante de futebol, apaixonado pelo seu mar e as suas gentes não posso deixar de me associar.
Uma qualificação notável da selecção de futebol de Cabo Verde, ultrapassando gigantes como os Camarões e Angola. A vitória por 3-0 sobre Eswatini (em português, Essuatíni), antiga Suazilândia, é justo e merecido prémio para o pequeno farol atlântico da lusofonia erguido entre continentes. A prova de que com trabalho e dedicação não existem sonhos impossíveis.
Acompanho por isso a alegria das suas gentes e envio daqui um forte, caloroso e fraternal abraço a todos os meus amigos cabo-verdianos. Para elas também um beijo. E que continuem a fazer história no futebol.