Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO
Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Não consegui perceber se a preocupação da ministra com cachorros e gatos se deve a questões de higiene, se de número, ou, ainda, se a qualquer outra não vislumbrável. Presumo que o número não seja indiferente, mas também não percebi se para a ministra ter cães São Bernardo num apartamento é o mesmo que dar guarida a uns pinscher miniatura, daqueles a "pilhas" que chateiam toda a gente e mais alguma e que eu seria incapaz de aturar. Também não me parece que seja um caso de "fascismo higiénico" embora não me custe acreditar que este último seria bem visto por muitos se em vez de referido ao número de animais de companhia o fosse ao número de dejectos que são largados nos passeios sem que ninguém se preocupe ou seja convenientemente multado. Ou se reportado ao cheiro fétido que emana de algumas paredes, cantos, colunas por esse país fora. Aqui onde estou vejo ultimamente muitos donos a passearem os seus cães com luvas, sacos, rolos de papel e até umas pequenas garrafas com um espécie de lixívia que é largada nos locais de deposição. E espaços reservados nos parques, e vedados, para que as criaturas não façam as necessidades onde os meninos gostam de se rebolar. E não creio que o primeiro-ministro tenha sido ouvido, logo ele que em tempos confessou a uma dessas revistas que fazia as delícias do casal Carrilho ter umas quantas cadelas em casa. Em Massamá. Enfim, não sendo seguramente uma preocupação agrícola ou ambiental, nem um caso para ser tratado pela troika, o melhor é ver na atitude da senhora ministra uma preocupação pós-parto. Tudo se torna mais claro. E compreensível. Duvido é que justifique o salário que lhe pagamos.