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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Os resultados das melhores equipas portuguesas de futebol nas competições europeias revelam bem o patamar a que o futebol interno chegou. Se para a Liga dos Campeões já se tinha visto que éramos pequeninos e poupadinhos quando se tratava de mostrar arte e garra; agora na Liga Europa tivemos a demonstração da nossa incapacidade e irrelevância. Até naquilo de que mais gostamos, e em que fomos campeões europeus jogando com uma Selecção Nacional de expatriados, somos incapazes de mostrar algum brio.
Ano após ano, perante equipas da segunda e terceira divisões do futebol europeu, que se o não fossem não estariam numa competição menor da Europa do futebol, somos incapazes de mostrar alguma coisa. Apresentar resultados. Sofrendo golos em catadupa, sendo indiferente estarem a jogar em casa ou fora, nem mesmo quando em vantagem as nossas equipas conseguem segurar os resultados que lhes garantiriam a passagem à fase seguinte.
Bem vistas as coisas, e para não destoar, o futebol que mostramos na Europa, e não falo dos talentos individuais, segue a bitola dos programas televisivos de discussão do "chuto na bola", das arbitragens, das conferências de imprensa dos treinadores, dos comentários dos dirigentes desportivos, do debate político, do funcionamento dos nossos partidos, da confiança no sistema judicial e na justiça que se vai fazendo, e por aí fora.
A má gestão, a falta de visão e de empenho e o desperdício continuam a ser tão intensos que se compreende perfeitamente o afundamento de toda a esquadra em 24 horas. E a razão para que tantos oficiais e marinheiros não se importem de ir servir para o primeiro porta-aviões, às vezes apenas um bote, inglês, espanhol, italiano, ou até francês, que lhes apareça com um colete de salvação.