Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


exercício

por Sérgio de Almeida Correia, em 02.11.22

Trilho3010.jpg

De vez em quando também há boas notícias. Nem tudo são quarentenas, máscaras, rondas de testes em massa, tufões, cretinos e afins.

Desta vez o motivo é de regozijo e prende-se com a instalação por parte do IAM de equipamento desportivo na Estrada do Alto de Coloane. Quem teve a ideia, lembrou-se bem.

E se não for pedir muito, pode ser que numa próxima oportunidade possam ser instalados revestimentos anti-derrapantes para as mãos nalgumas barras, para que aquelas não fiquem todas queimadas e cheias de calos. Quando está calor não dá muito jeito andar de luvas.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

consolidação

por Sérgio de Almeida Correia, em 25.07.22

Untitled.jpg

Estou, estava, habituado a fazer quilómetros diariamente, há anos, pelos trilhos e estradas de Coloane.

Sozinho, de manhã, à tarde ou à noite, conforme o estado de espírito, as cores do dia ou as minhas disponibilidades. De vez em quando encontrava alguém. Fosse, de manhã, com alunos da Escola Superior das FSM, ou à noite, subindo pela Estrada da Aldeia, quando me cruzava com inúmeros polícias que frequentam a Carreira de Tiro e que, conhecendo-me de me verem ali passar quase diariamente, me cumprimentavam e aguardavam para colocarem as suas viaturas em marcha. 

Há vários anos que deixei de o fazer acompanhado. Os meus antigos parceiros de corrida partiram quando o princípio "um país, dois sistemas" começou a estalar e o verniz quebrou. 

Hoje vejo-me impedido de correr, mesmo sozinho, porque ainda que obrigado a fazer testes diários de despistagem da Covid-19 só o poderia fazer usando uma máscara "KN 95 ou superior", o que aumentando o esforço, provoca a reinalação do ar expirado, expõe-me a níveis mais elevados de CO2, susceptíveis de causarem acidose respiratória aguda ou até mesmo conduzirem ao pneumotórax devido ao esforço intenso e prolongado.

Para além do stress e da pressão que a actual situação provoca em todos nós, a falta de exercício ao ar livre tem consequências a nível físico e psicológico, sendo natural que o sedentarismo decorrente da quarentena e dos confinamentos a que estamos sujeitos também se reflicta na balança e nos resultados dos próximos exames.

Percebo que para quem vá sentadinho no carro oficial da Praia Grande para o IAM ou para quem venda medicamentos aos SSM e receba as respectivas comissões sejam bem mais lucrativos os lençóis de medicamentos para a hipertensão, o colesterol, a diabetes, o ácido úrico e todas as demais maleitas que nos são receitados ao quilo e sem que muitas vezes disso tenhamos necessidade, do que o exercício físico gratuito e regular num trilho de Coloane.

Mas o que mais me perturba é que, estando impedido de correr sozinho e sem máscara, como os velhotes de poderem descansar durante o seu passeio na Guia, ou outros estão de andarem de bicicleta ou de fumarem na rua, esteja autorizado pelo Governo a ir ao casino, para que num ambiente fechado, sem luz natural e sem ar puro, me possa sentar ao lado de outros "camaradas" mais habituados aos exercícios manuais de contagem de notas e de fichas e ao fumo dos maços de mata-ratos que despacham todos os dias.

Há alguma razão de natureza lógica, científica, patriótica ou outra em mais esta proibição? Será que ninguém vê a falta de senso e de inteligência de tudo isto? É esta falta de inteligência, de que a decisão em relação à comunidade filipina foi notória, que pretendem "consolidar" na fase "pós-confinamento parcial"? 

Se é, então talvez Pequim pudesse abrir concurso para concessionar a governação da RAEM e exercer apenas rigorosos poderes de tutela e supervisão.

Se assim fosse, estou certo de que o concessionário escolhido – só serem admitidas a concurso equipas de patriotas constituiria uma das condições – estaria mais preocupado em cumprir com critério, o que não tem acontecido, as orientações recebidas do Governo Central; em agradar aos "utentes" (residentes), preocupação que tem estado completamente ausente nalgumas decisões; e em apresentar resultados, até agora escassos, sofríveis ou inexistentes, que lhe permitissem ao fim de cinco anos renovar a concessão.

E seria, estou certo, indiscutivelmente mais criterioso na protecção da imagem da RAEM e da RPC, na aplicação de medidas coarctantes de direitos, liberdades e garantias, bem como na forma como são esbanjados os dinheiros públicos e se têm delapidado as reservas financeiras com o pretexto do combate à pandemia e a inimigos que aqui só existem na banda desenhada e nas mesas de snooker.

Autoria e outros dados (tags, etc)




Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

  Pesquisar no Blog



Calendário

Setembro 2024

D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930



Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D