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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
O novo bispo de Macau, D. Stephen Lee, está preocupado com o futuro da Universidade de S. José e não percebe por que razão as autoridades da R. P. da China não autorizam a vinda de estudantes para essa instituição.
Qualquer pessoa que se preocupe com o futuro de Macau e o papel de uma das suas universidades estará igualmente preocupado. Compreendo, por isso, a posição do novo bispo, tanto mais que conhece mal Macau e que sendo um recém-chegado está sujeito à filtragem que lhe fazem da informação. Duvido é que fazer nesta altura eco público das preocupações que lhe transmitiram vá resolver-lhe algum problema. Isso não está nas mãos dos seus parceiros na RAEM e de nada lhe servirá o aumento do investimento em marketing para encher a casa. Um estabelecimento de ensino não é uma igreja, pelo que é pouco provável que em pleno século XXI a triste recordação das missas cheias do Cardeal Cerejeira (Jornal i, 24/12/2011) traga algo mais do que um intenso cheiro a bafio.
Como o Papa Francisco não se tem cansado de pregar, os tempos são outros e a solução para os estragos feitos pelo obscurantismo não é fácil. Estragos que tendo sido de monta afectaram a reputação de um estabelecimento que, se é que isso significa alguma coisa, ademais se queria académico.
Quem sabe se começando por um acto de contrição, que continua por ser assumido em relação ao passado próximo, refrescando-se as ideias e arrumando a casa com gente que dialogue com Deus e a Academia noutros termos, as coisas não se alterariam?