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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Há dias assim.
A sensação de caminhar sobre gelo fino é terrível. Uma espécie de roleta russa. Depois de se partir é preciso chegar à outra margem, mesmo que não se saiba muito bem como e ainda que a decisão de partida tenha sido involuntária nos termos em que aconteceu. Nervosa e precipitada.
A meio do percurso é impossível voltar. No meio do lago não há protecção. E quando uma pessoa assim se vê, o arrependimento de nada serve. Em especial se houver um sniper escondido numa das margens.
Resta apenas uma certeza: a de que não se desiste, a que de que é preciso resistir, seguir em frente, confiando que esse momento será a tua irrepetível hora de sorte. Uma lição de vida.