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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Parece-me absolutamente natural que C. Y. Leung, o Chefe do Executivo de Hong Kong, esteja a pensar não se recandidatar ao cargo. A decisão afigura-se-me sensata e é compreensível que as razões familiares invocadas se sobreponham a quaisquer outras. O desastre que tem sido o seu mandato, para o que tem contribuído a activa colaboração da R.P. da China, como ainda recentemente se viu com a criação de mais um imbróglio a propósito da interpretação feita pelo Governo Central, em antecipação aos tribunais, sobre os votos dos novos membros do Legislative Council que acabaram por não tomar posse, aconselha a uma decisão desse tipo.
Qualquer família normal ficaria preocupada, stressada, e sentir-se-ia tentada a protegê-lo, se um dos seus membros que tivesse tido um desempenho como o que C. Y. Leung teve à frente do governo da SAR de Hong Kong pensasse em recandidatar-se. Vê-se que se trata de uma família consciente.
Pena tenho eu que que em Macau a família do Chefe do Executivo fosse alheia a esse tipo de preocupações quando ele decidiu recandidatar-se, e não o tivesse impedido de avançar. Se calhar hoje não estaríamos como estamos. E a sauna "Família Feliz" não necessitasse de meter tantos clientes em lista de espera.