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atípico

por Sérgio de Almeida Correia, em 22.05.20

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Não sei se nos eventos proibidos pelo IAM e a PSP, relativamente à exposição sobre Tiananmen e à vigília do 4 de Junho, seria possível manter as pessoas tão juntinhas, e sem qualquer distância física entre elas, como aconteceu no Palácio do Povo, em Pequim, com as reuniões da Conferência Consultiva do Povo Chinês e da Assembleia Popular Nacional.

Calculo que em Macau, onde não há casos nem doentes de COVID-19, seja necessário à PSP manter as pessoas mais apartadas.

Deixemo-nos de rodeios: com ou sem máscara, o vírus da democracia e da liberdade é extremamente contagioso. É isto que tem de ser dito ao povo pelos comissários locais para as pessoas se entenderem. 

Vivemos tempos em que tudo é atípico. Tão atípico que por esse mundo fora até a estupidez se senta à mesa dos assuntos de Estado.

Mas se assim é, perante tanta atipicidade, não seria bem mais razoável que se evitassem declarações "atípicas"?

O silêncio, perante o desconchavo, é muitas vezes a maior virtude de um diplomata.

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memória

por Sérgio de Almeida Correia, em 04.06.19

merlin_155529741_1308c562-024d-46ea-9e15-6a044a6c4(Catherine Henriette/Agence France-Presse — Getty Images)

Trinta anos depois promove-se a estratégia OBOR (One belt, One road) e a Grande Baía. Há sorrisos, brindes e fatos de bom corte em tecidos nobres. Tudo o que aconteceu em 4 de Junho se mantém escondido e silencioso. Em Hong Kong e Macau, outrora locais de abrigo e acolhimento de quem precisava, são poucos os que conhecem a história recente do País. Há jovens que desconhecem, inclusivamente, o passado anterior a 1997 e 1999 e a herança de outras administrações. Pensam que tudo foi sempre assim. A ignorância ajuda a manter o silêncio. Goza da cumplicidade dos poderosos. E tirando uma ou outra vigília, uma ou outra vela que se acende, os anos passam sem que se faça luz sobre o que aconteceu em 4 de Junho de 1989. A perpetuação da memória é a única forma de honrar os mortos e manter a chama acesa, mesmo sem quebra-vento que a proteja dos golpes que diariamente lhe são desferidos em nome do patriotismo e do desenvolvimento. A História pode ser escondida, manipulada, deturpada, omitida, ostracizada, vilipendiada, numa palavra ignorada. Só não se apaga.

 

Mais leituras:

The land that failed to fail

What I learned leading the Tiananmen protests

How I learned about Tiananmen

The new Tiananmen papers

Reflections from Macau – We don't talk (enough) about Tiananmen

Acontecimentos em Portugal noticiados como banho de sangue

O outro lado

As datas-chave de Tiananmen

Atonement

How Tiananmen crackdown left a deep scar on China's military psyche

Tiananmen Square crackdown 30th Anniversary

Tiananmen: resistir para não esquecer

Sete semanas de sonhos democráticos destruídas numa madrugada

There is every reason why Beijing must revisit its June 4 verdict

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partisans

por Sérgio de Almeida Correia, em 04.06.14

 

Depois de Goran Bregovic se despedir de Macau num dia como o de hoje cantando uma canção de resistência e liberdade, uma imagem como esta de Eric Sautedé, tirada esta noite na vigília do velho Largo do Leal Senado, em memória das vítimas de Tiananmen, depois de desfiles que durante a última semana levaram à rua dezenas de milhares de pessoas, não pode deixar de nos confortar a alma. E de dar esperança perante o sobressalto cívico que assola a RAEM.

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