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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
(Salvador Dali e Raquel Welch)
Durante décadas, a sua imagem povoou o imaginário de milhões de homens, jovens e até de meninos recém-chegados à puberdade, encarnando a imagem da mulher sensual e charmosa que podia desempenhar qualquer papel.
Amiga, namorada, amante, mulher, mãe, dentro ou fora de casa, modelo, executiva, empresária, pistoleira, muitas vezes com uma imagem rebelde e independente que fugia aos cânones da sua época.
De "One Million Years B.C." a "Viagem Fantástica", sem esquecer "A Swingin'Summer", o seu primeiro filme, "Spara forte, più forte... non capisco!", "Bedazzled", "Lady in Cement", ao lado de Sinatra e anunciada com as medidas "37-22-35", "Bandolero", "Cem Armas ao Sol", "Os Três mosqueteiros", "Legalmente loura", foram sete dezenas de filmes e séries que nos divertiram, encantaram e fizeram sonhar, mesmo quando não passavam do sofrível e apenas porque ela estava lá, tornando-a num verdadeiro mito, em especial durante os anos 60 a 80 do século XX.
Sem nunca ter atingido o reconhecimento, a classe e o estatuto de uma Sophia, de uma Claudia ou mesmo de uma Romy, Raquel Welch marcou uma época e ficará para sempre como uma das mais belas mulheres que algum dia encheu os ecrãs e os sonhos de toda uma geração de adoradores.
Morreu hoje aos 82 anos. Deixa-nos um legado de sonho e de beleza, de um tempo em que gostar de apreciar a beleza feminina, apenas pelo seu encanto, e elogiá-la não era sinal de machismo, de infidelidade ou de um crime de lesa-género.
Que descanse em paz, pois que quanto aos filmes, esses ficarão por cá, para que possamos continuar a apaixonarmo-nos pela sua inesgotável e inesquecível imagem de cada vez que regresse à tela.