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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
E ao fim de três anos o Grande Prémio de Macau está de volta com um programa de corridas adequado ao estatuto internacional do evento e à reputação construída ao longo de 70 anos.
Constitui motivo de satisfação assistir ao regresso à normalidade, ver os pilotos e os adeptos, locais e do exterior, satisfeitos com o ambiente, o programa de corridas e tudo o mais que as envolve.
Porém, nem sempre tudo é feito para facilitar a vida às pessoas. Tal como os feriados oficiais de Macau, também há regras para filhos e para enteados. O sistema de apartheid está agora mais visível nos entraves à livre circulação de espectadores entre os diversos pontos do circuito.
Quem esteja com um bilhete na bancada do reservatório ou na bancada principal do circuito, se estiver igualmente munido de um passe de acesso ao paddock poderá sair da bancada e dirigir-se àquele local. Mas se o seu bilhete for para a bancada do reservatório não poderá regressar ao seu lugar depois de visitar o paddock utilizando a ponte pedonal sobre o circuito. É então obrigado a sair do perímetro do circuito e a dar a volta por fora até atingir de novo a entrada do outro lado da pista, junto ao acesso contíguo ao viaduto e no lado oposto do Casino Oceanus. Se for titular de um bilhete para a bancada principal, aí o espectador poderá utilizar a ponte pedonal no regresso do paddock.
Também a oferta gastronómica, que já era na sua maioria de qualidade sofrível e escassa, se tornou mais limitada para quem está na bancada do reservatório, admitindo eu que isso acabe igualmente por prejudicar alguns vendedores, visto que os portadores de bilhetes para esta banca estão impedidos de circular pelas bancas de comida que ficam por debaixo da bancada principal.
Não se vê qual a razão para estas limitações, em especial quando praticamente não há ninguém nas bancadas, como sucedeu no fim-de-semana passado.
Em cada ano que passa se confirma ter sido péssima ideia a de retirar a organização do Grande Prémio de Macau à DST para entregá-la aos burocratas do ID.
Há gente que só está bem a complicar e a dificultar a vida aos outros, sejam atletas, pilotos ou público. O que é preciso é mostrar autoridade. Deviam ir a outros circuitos, mesmo na Ásia, para verem as diferenças e aprenderem alguma coisa.