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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
A TDM – Rádio Macau, atenta e a horas, dá-nos conta de que a partir de segunda-feira, 6 de Maio, vão entrar em funcionamento as novas câmaras de detecção de estacionamento ilegal. Diz a PSP que “com esta nova versão conseguimos tirar fotos mais claras e saber melhor a matrícula”. Ora bem.
Eu confesso que não tenho nada contra estas câmaras (tenho contra outras), tanto mais que ainda ontem ao final da tarde, quando saí do Clube Militar, não fui atropelado numa passadeira do Hotel Lisboa por um desses estafermos da corja ao serviço das empresas de junkets por mero acaso.
Todavia, o que me preocupa é que essas câmaras possam vir a servir para autuar um condutor que tem absoluta necessidade de parar para largar um passageiro e/ou umas malas e os locais sinalizados e destinados a esse efeito estão ocupados por outras viaturas, por vezes mesmo da própria PSP, com a rapaziada toda sentada lá dentro, em amena cavaqueira, como já vi junto ao edifício do antigo tribunal ou do IFC.
Por outro lado, convém não confundir "paragem" com "estacionamento".
Mas já que falamos de estacionamento, seria bom que a PSP, em vez de perder o seu tempo percorrendo o NAPE e outros locais a tirar fotografias a parquímetros, por vezes estacionando mal os seus próprios veículos para o poder fazer, também utilizasse essas câmaras para apanhar os tipos que não param nas passadeiras, e os motoristas de táxis que, nas suas barbas, como por exemplo no Hotel Star World, largam passageiros depois da praça onde montes de pessoas aguardam a sua vez, ignorando os locais para esse efeito, para negociarem preços pela janela vinte metros à frente, e circulam impunes com a indicação de que estão livres fazendo de conta que não vêem os insistentes pedidos de paragem. Quando na verdade andam à procura de alguém que lhes pague umas centenas de patacas por um serviço que custa três dezenas.
Ah!, e já agora, convinha que a PSP e o Turismo (e não foi por causa daquele autocarro que resolveu ir beber uma água ao Café da Rosa) tomassem atenção aos autocarros ao serviço das empresas de viagens e turismo.
Continuo a não perceber como é possível autorizar a circulação em Macau de veículos com volante à esquerda, com ar decrépito e altamente poluentes, que encostam na berma enquanto os passageiros saem pelo outro lado directamente para a faixa de rodagem, carregando e descarregando malas e sacos, sujeitando-se às tangentes que os taxistas e as tais carrinhas dos junkets lhes vão fazendo. Ali para os lados do Galaxy, no Cotai, devem estar à espera que um desses loucos limpe meia dúzia de pessoas para começarem a impedir a paragem e multarem essa cambada.
Aproveito para dizer ao Senhor Secretário para a Segurança que se precisar de alguém para dar umas aulas à PSP, dizendo-lhes o que importa ser feito, quando e como para defesa de Macau, da sua imagem, da reputação das suas autoridades e em prol da qualidade de vida e segurança dos seus cidadãos e turistas, estou naturalmente disponível. E não lhe cobro uma pataca.