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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
(Foto: Rui Gaudêncio, Público)
O líder do grupo está habituado a fazer recomendações à classe política, a dar opiniões sobre a forma como o país deve ser governado, sobre o descalabro das finanças públicas e o que podia ser feito para corrigir sucessivos défices. Para além disso, do seio do seu grupo, da sua escola, saíram muitos deputados, administradores de empresas participadas pelo Estado, membros do Governo, dirigentes dos partidos políticos. Quem o ouvisse e lesse as suas entrevistas e de outros dirigentes do grupo pensaria ser aquele o domínio da gestão exemplar, inatacável, e que os investidores e depositantes podiam estar sempre tranquilos. Agora, uma auditoria mostrou que esconderam 1200 milhões de euros de dívidas nas contas de 2012. Parte da dívida, diz a notícia, foi contraída por empresas do próprio grupo em situação económica difícil. E agora a holding do grupo está em situação de "falência técnica". Brilhante. De nada serviram os generosos benefícios fiscais que receberam, para criar riqueza, diziam eles, à custa de todos nós. Pois sim...
Registando que o líder do grupo foi o primeiro a assumir os erros, pergunto qual a autoridade que pessoas como ele têm para amanhã criticarem a forma como são geridas as contas públicas, os gastos na saúde e na educação dos portugueses ou os direitos sociais da generalidade das pessoas que trabalham, se nem em sua casa sabem gerir e controlar os gastos?