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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
"Tem havido manifestações de interesse por parte de várias instituições";
"Estou em crer que haverá condições para vender muito antes do prazo";
"Como tal, a venda deve ser rápida, o que não significa à pressa nem ao desbarato";
"É a demonstração de uma boa saúde por parte do sistema financeiro".
(intervalo para negociações com os lorpas)
Partindo do princípio de que a bola de cristal de Marques Mendes está baça, o que inviabilizou a apresentação das contas da Segurança Social que António Costa e Catarina Martins já pediram e permitiram que a ministra da Justiça avançasse com umas sugestões (bitaites), o melhor será o primeiro-ministro e a ministra das Finanças porem-se ao caminho, meterem uma "cunha" ao Dr. Mário Soares, que vai lá trocar impressões com alguma regularidade e pode ser que o convença a arranjar espaço na agenda entre as visitas habituais, e irem falar com o inquilino do número 33 da Rua Abade Faria. Não custa nada. Quem sabe se oferecendo com o banco uns computadores Magalhães, uns pares de sapatos e o dr. Marques Mendes, o problema não ficava resolvido?
Estou em crer, com excepção do sempre inconveniente António Lobo Xavier, que Sócrates será o único com experiência acumulada sobre este tipo de situações. O único, como diria o prof. Marcelo, que sabe disto a potes, capaz de transformar situações duvidosas em sucessos retumbantes, e em posição de ajudar a encontrar os parceiros ideais para este tipo de negócios. Talvez fosse a maneira de tramar o António Costa, dar gás ao Seguro, encontrar o consenso nacional que pede o Presidente da República, e poupar mais uns cobres aos novos milionários. Indirectamente, é claro. Essa gente nunca aceitaria benefícios directos.