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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
O simples facto do presidente do Governo Regional da Madeira ter tido necessidade de sair a terreiro para assumir uma posição em defesa do acolhimento aos refugiados sírios, diz bem do atraso cultural e civilizacional da região. Foi esse atraso que Alberto João Jardim cultivou durante 40 anos, o mesmo que lhe permitiu ganhar dezenas de eleições de cada vez que desfilava de tanga ou se punha aos saltos no Chão da Lagoa com um copo de poncha na mão. O resultado é o que se vê.
Com toda a limpeza, Miguel Albuquerque pôs os pontos nos iis, recordando o peso dos números da emigração na Madeira. Se venezuelanos e sul-africanos tivessem a mesma atitude que foi sugerida pelos autores da página do facebook para com os madeirenses que por lá estão, que seria da Madeira? Por aqui se vê que em causa não está ser-se de direita ou de esquerda. O problema é civilizacional e cultural. Quanto mais montanheses mais xenófobos, quanto mais ignorantes mais racistas. Esteve bem o presidente do Governo Regional, tal como tem estado bem Angela Merkel.