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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Ter um primeiro-ministro acompanhado por um presidente de câmara e da respectiva vereação a inaugurar, em pleno no século XXI, uma escola com capacidade para pouco mais de trezentos alunos do ensino pré-primário e primário não devia ser motivo de notícia, a não ser pelo ridículo que daí pudesse resultar.
Agora, ter um ex-primeiro ministro, líder da oposição, a inaugurar em Fevereiro de 2016 essa mesma escola que, por acaso, entrou em funcionamento no ano 2013/2014, além de ridículo é sinal de uma cultura provinciana e clientelar de tal forma aberrante que dir-se-ia ter a escola sido paga com as contribuições dos militantes do partido a que preside, e não com o dinheiro dos contribuintes portugueses.
E não, não se trata de uma escola numa região remota da Sicília ou da Calábria. É em Lordelo, concelho de Paredes, e espera-se que não falte a banda da terra e o padre da paróquia. A cena é de tal forma surrealista que é anunciada na página oficial do PSD. E também não consta que alguém se tenha rido.