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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Só agora descobri, graças ao Ricardo Araújo Pereira, as prestações parlamentares da deputada Liliana Reis.
Dela só tinha notícia por um alegado caso de plágio, denunciado nas páginas da Sábado, e do qual entretanto nunca mais se ouviu falar.
Desta vez, para além do esclarecimento suíno sobre as intenções da Oposição quanto à pessoa do primeiro-ministro que está de saída, foi a qualidade da sua poesia, no final de uma "curta" intervenção de mais de 17 minutos, que prendeu a minha atenção. Estes episódios revelam o acerto da sua inclusão nas listas do PSD.
Ao contrário do que pensa o humorista, e de que certamente o Presidente da República também discordará, não foi dali que vieram as razões para a dissolução da Assembleia da República.
A circunstância da moção de confiança não ter passado constituiu a garantia de que a deputada Liliana poderá ser de novo incluída nas listas, seguindo o exemplo do líder do seu partido. Em equipa ganhadora não se mexe.
E embora a grande Natália já cá não esteja para analisar o simbolismo, a estrutura, os recursos estilísticos, a métrica e a rima da poesia da senhora deputada, seria absolutamente inexplicável que os portugueses, depois de serem confrontados com o encurtamento da legislatura por causa de um problema mal explicado de hortas em Rabal, cujas couves chegaram com cheiro a gasolina num saco de fichas de jogo, viessem a ficar privados de uma parlamentar desta envergadura.