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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Assim, quase sem dar por nada, passaram trinta e cinco anos. De corpo inteiro.
Não foi fácil, continua a ser um esforço diário, com muita paciência, uma imensa resiliência, uma paixão enorme, ultimamente já com algum cansaço.
Entre tristezas e alegrias não faltou uma palavra amiga, um agradecimento sincero, os olhos com a satisfação estampada no rosto. Quantas vezes, também, o reconhecimento sem qualquer compensação.
E depois continua-se a porfiar. Procurando novos sorrisos.
É claro que podia ter sido outro o caminho, haver outra luz que me tivesse iluminado.
Mas no deve e haver, para além do agradecimento que é devido ao Fernando, que me deu as luzes para fazer o meu primeiro requerimento numa defesa oficiosa, ao Frederico, ao Cipriano, ao Alberto, ao Rui, ao António, ao Pedro, a tantos outros que me acompanharam e ajudaram a chegar até aqui, é justo reconhecer que o saldo é francamente positivo.
Em liberdade me fiz e como homem livre vivi estes trinta e cinco anos.
E sem remorso, com uma imensa gratidão a todos, dentro e fora de casa, voltaria a fazer o caminho.
Não há caminhos fáceis na estrada da liberdade. Trinta e cinco anos depois posso confirmá-lo.