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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
A construção de passagens superiores em ruas que tinham semáforos e locais próprios para atravessamento de peões continua a ser um desperdício. Gastam-se fundos elevados do erário público a construir o que não resolve problemas e cria novos, embora se alimentem as clientelas.
Aconteceu em vários locais, mas o caso da passagem superior na Estrada de Seac Pai Van, nas proximidades da Estrada do Alto de Coloane e do Terminal de Autocarros da Concórdia, é um desses exemplos.
Depois de demorarem uma eternidade a construir a passagem superior, que após conclusão ainda continuou fechada durante imenso tempo, de tal forma que a tinta começou a cair antes mesmo de entrar em funcionamento, obrigando a reparações, ficou finalmente operacional.
As entidades responsáveis eliminaram os semáforos e as passadeiras, que davam imenso jeito, e colocaram umas horrorosas barreiras de plástico que não servem para nada. Os peões e os ciclistas continuam a atravessar a via, em especial à noite, quando saem dos autocarros no final de um dia de trabalho e pretendem demandar as suas casas, mas agora com a agravante de serem ainda maiores os riscos de atropelamento e acidente.
Ao mesmo tempo, ninguém se preocupa com as centenas de inversões de marcha em local proibido, entrando quem o faz em contramão na Estrada de Seac Pai Van para poder subir pela Rua dos Bombaxes e aceder às torres 8 e 9 da Urbanização "One Oasis".
A preocupação da PSP é apenas a de multar quem está estacionado nessa rua. Quanto às transgressões não há problema: todos os infractores tiram partido delas. As imagens captadas nesses locais, numa mesma altura e por mero acaso, revelam isso mesmo.
Instalam-se câmaras de CCTV em todo o lado para controlar as pessoas, menos onde fazem falta para evitar transgressões e punir os prevaricadores.
Oxalá que um destes dias não aconteça ali nenhuma desgraça. Não será por falta de aviso.