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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Agora em língua oficial da RAEM:
"Se lhe faltar a vitalidade institucional e a confiança internacional, a cidade terá pouco valor acrescentado para a nação. A cidade perderá a sua relevância estratégica se abandonar o seu entusiasmo e as suas ligações globais. As preocupações com a segurança nacional, agravadas pela geopolítica, não devem ensombrar todas as facetas da vida quotidiana, sob pena de a criatividade e o espírito de iniciativa há muito acalentados pela cidade diminuírem."
Estas declarações de Anthony Cheung, ex-secretário para os Transportes e Habitação do Governo de Hong Kong, entre 2012 e 2017, eram evidentes para qualquer patriota de bom senso há anos. Mas houve quem não visse e não percebesse para onde ia o passo que estava a dar.
E são palavras que não se aplicam só a Hong Kong. Também servem para Macau, embora aqui tenhamos conseguido ultrapassar a cidade vizinha, acabando com o pouco valor acrescentado que ainda havia.
O disparate há muito que ficou consagrado na RAEM como virtude. E a vida quotidiana ensombrada pelo afã local em mostrar serviço. Dos patriotas genuínos, dos assimilados, dos adoptados e dos mercenários falantes de português. O que, em todo o caso, não deve ser impeditivo de se ler e pensar sobre o que os patriotas escrevem do outro lado do delta.