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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
(Freeimages)
Depois de ter sido galardoado com a medalha de mérito turístico para reconhecimento do seu "extraordinário papel" no desenvolvimento "económico e social do Estado" e "o relevante serviço no fomento da indústria do turismo", parece que as relações entre o empresário David Chow e as autoridades de Cabo Verde azedaram. E terão azedado de tal maneira que a figura, enquanto cônsul-honorário daquele país em Macau, resolveu pura e simplesmente mandar uma carta e fechar o consulado.
Não terá sido a maneira mais elegante, e já agora diplomática, embora um cônsul-honorário não seja um funcionário com estatuto de carreira nem desempenhe funções políticas, de colocar termo ao casamento. Mas convenhamos que seria previsível pela leitura das notícias, desde há algum tempo, um desfecho destes.
Sempre envolto em atrasos e polémica, fosse pelas alterações de projectos, pela falta de financiamento ou a recusa de outorga de uma licença bancária – o sonho de qualquer empreiteiro ou casineiro –, o que me espanta, depois de tantos mamarrachos edificados em Macau, e de tantas promessas, em Setúbal e noutras galáxias, que depois dão em zero, é que ainda tenha conseguido chegar até aqui.
Entretanto, Moçambique, onde também há garimpo, que esteja atento, se não quiser que os cenários de outras paragens se repitam no Índico.
Já em Lisboa, pelo menos, valeu, segundo rezam os mentideros, não haver em Belém qualquer "crédito" para conceder à esperteza megalómana, nem para os lados das Necessidades.
Agora, fica apenas a curiosidade de saber, com este desfecho, se o medalhado irá leiloar a condecoração, para cobrir as "perdas", ou sorteá-la entre os que lhe deram gás para mais um safari.