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benfica

por Sérgio de Almeida Correia, em 08.07.21

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Nasci, cresci, vivo, e um dia hei-de morrer com ele. Com o Sport Lisboa e Benfica.

O clube faz parte do meu património genético, familiar, afectivo e desportivo. Muitas vezes, quando miúdo, me refugiei no choro. E se hoje já não choro nem por isso deixo de me emocionar nos grandes momentos. Ou quando parte um dos ídolos que fez as delícias da minha infância e que eu pretendia sempre copiar e imitar quando jogava futebol, basquetebol ou nadava.

Saber que depois de um veio outro de calibre idêntico causou-me arrepios. Ainda agora. 

Sei que nem todos sentirão assim, como é natural num clube plural, num clube que é a paixão de milhões e por onde passam muitos milhões. Por causa de uns e de outros.

Não troco os êxitos desportivos pela ética, pela honra, a tradição ou a história do clube. Tudo tem o seu lugar.

Por tudo isso me custa muito ver o que se está a passar e contra o qual sempre lutei. Não sei quem poderá ir para lá, mas sei, sempre soube, que aquele não era, não podia ser, não pode ser, o caminho. O nosso caminho.

É tempo de colocar um ponto final no mercenarismo, na chico-espertice, na bandalheira.

Investiguem tudo, esmiúcem, prendam quem tiverem de prender, mas devolvam-nos um clube limpo, sem badalhocos, com limitação de mandatos, como acontece em qualquer instituição séria.

Ser presidente do clube, seu dirigente, era uma referência de seriedade e carácter. Tem de voltar a sê-lo. Não pode ser uma carta de alforria para a impunidade, para as negociatas e para as trambiquices dos trampolineiros do chuto-na-bola. Haja decência. 

Benfica sempre.

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falácia

por Sérgio de Almeida Correia, em 08.07.21

O Rui de Matos, irmão de um bom amigo, esteve internado com a COVID-19, mas entretanto já recebeu alta.

Fico feliz por sabê-lo, e desejo-lhe uma óptima recuperação, mas não gostaria de deixar de aqui compartilhar, com a devida vénia e agradecendo a autorização, o seu testemunho, o espírito com que enfrentou esses momentos difíceis e a sua reflexão.

Pode ser que aqui em Macau também nos sirva para alguma coisa, embora já saibamos que a nossa autonomia é, nesta matéria, também pouco menos do que zero.  

 

"A FALÁCIA DO RISCO ZERO
A minha estadia de 10 dias no “SPA” da Infeciologia C do Egas Moniz (Co\/id) apôs uma semana difícil em casa, não veio alterar uma vírgula àquilo que já pensava sobre “risco zero” e o efeito perverso deste "erro de pensamento".
Lembra-se do filme “o Caçador" em especial a forte cena da “roleta russa”? Imagine que é obrigado a jogar à “roleta russa”. Faz girar o tambor leva o revolver à testa e puxa o gatilho…Tenho duas perguntas para si:
1- Se houver 4 balas no tambor, quanto estará disposto a pagar para retirar 2 balas?
2- E se o revolver tiver apenas 1 bala no tambor, quanto estará disposto a pagar?
Curiosamente, a maioria das pessoas, tendencialmente está disposta a pagar mais no segundo caso porque o “risco” de morrer seria anulado. E o que é que isto tem de racional? Absolutamente nada! Se fizer as contas no 1º caso, a probabilidade de morrer é reduzida em dois sextos enquanto no 2º. caso é de apenas um sexto. Assim, racionalmente, a primeira hipótese vale pelo menos o dobro.
- Então, porquê que tendencialmente somos atraídos a sobrevalorizar a “ausência de risco” como a mosquitada (“especialistas” e decisores) atraídas pela "luz" do “risco zero”?
Este “erro de pensamento” apesar de comum - “zero-risk bias”- é ignorado pelos especialistas e decisores políticos. Senão vejamos, o número de “casos positivos” está a ser sustentado, com os testes antigénios (testes rápidos) pouco rigorosos e sem confirmação do PCR… No meu caso, fiz um teste rápido de farmácia dia 11 julho que deu negativo. No entanto, dois dias depois já dava positivo. Obviamente que já estava contagiado dois dias antes…
Se for adepto do “risco zero” então terá que passar a deixar o seu carro fechado na garagem pois na circulação automóvel, o risco zero só é atingido se não circular. Não existe “risco zero” e disso fui testemunha, pois o oxigénio e o soro estiveram presentes para não me deixar esquecer isso. Felizmente, esta não é a realidade da esmagadora maioria das pessoas testadas positivas, onde uma grande parte nem chega a ter sintomas e as que têm, resolvem-no em casa com 3 dias de paracetamol. Os decisores políticos estão presos a uma "matriz de risco" obsoleta, infantil mesmo, simplesmente porque o aumento de número de “casos positivos” já não “espelha” desde Março a mesma relação de aumento de mortalidade nem a ocupação hospitalar. Como se sabe continuamos com 3/4 mortes médias diárias. Porque razão, mantemos então a crença nos benefícios do risco zero, quando estamos a entrar na fase endémica da pandemia onde haverá sempre “positivos” se se testar em “massa arroz e legumes”? A explicação está na RESIGNAÇÃO da esmagadora maioria da população que prefere a falência, o desemprego e a fome, desde que mantenha a "crença no risco zero". Não percebe que com este erro de pensamento, vão também perder a saúde que resta, quando não tiverem como pagar os IMIs, a água, a luz, a prestação da casa, etc. Dificilmente sairemos deste ciclo vicioso porque os decisores políticos governam para a "maioria" convencida dos benefícios das restrições à circulação, do recolher obrigatório, que não é diferente do Estado de Emergência. Tenho sérias dúvidas que estes “especialistas de TV” que berram como cassandras, evocando sempre o aumento de restrições, venham a alterar uma vírgula do seu discurso apocalíptico enquanto o cheque deles continuar a cair na suas contas. Enquanto você empobrece a passos largos!
O recolher obrigatório decretado pelo Governo a partir das 23h é "inconstitucional". A liberdade de circulação é um direito fundamental, consagrado na Constituição da República e, segundo o seu artigo 19.º os órgãos de soberania não podem, conjunta ou separadamente, suspender o exercício dos direitos, liberdades e garantias, salvo em caso de estado de sítio ou de estado de emergência". Ora não estamos em estado de emergência mas com subterfúgios conseguiram o mesmo efeito só que com outro nome. São vários os constitucionalistas que já alertaram para a "inconstitucionalidade" da medida, porque é uma medida "autoritária" e um "atentado aos direitos liberdades e garantias". Como sair deste impasse? Eu que nunca fui de manifestações, neste momento só vejo realmente uma saída. Chama-se desobediência civil, ordeira e sem vandalismo. Tem que ponderar rapidamente se tem mais medo das coimas ou do que do desemprego e da falência. Coragem, não pague e siga para tribunal. Quando encherem os tribunais cujos juízes dificilmente os condenarão pela inconstitucionalidade das medidas, os decisores políticos mudarão de opinião, tal como aconteceu na UK. Foi o facto dos ingleses massivamente virem para a rua e reclamar que já chegava de medidas restritivas sem efeito prático, que fez com que Boris Johnson anunciasse o fim das restrições a 19 de julho. Por cá, o efeito seria o mesmo mas seria necessário que os portugueses deixassem de ser RESIGNADOS e tivessem a coragem de reclamar pelos direitos fundamentais que nos estão a ser negados e sugados ao ganha-pão. Conseguiríamos o mesmo efeito prático tal como em Inglaterra. Quer melhor exemplo do que o "caso" da medida absurda com o Costa? Como se trata do PM vacinado com as 2 doses e com teste negativo, claro que não gostou da quarentena de 10 dias imposta, então a DGS, já pondera alterar algumas regras de quarentena absurdas e sem racionalidade, pois é! Deixe de ser RESIGNADO na crendice do "risco zero" e tome a mudança nas suas mãos antes que o mudem definitivamente! Se você não tomar nenhuma atitude agora, em Outubro estaremos a discutir novas medidas e restrições, com os mesmos tiques tirânicos desta gente para "salvar o Natal e nos salvar a todos!"
Rui de Matos"

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