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corruptos

por Sérgio de Almeida Correia, em 30.11.20

"We were planning to build an above-ground high-speed railway, connecting the one from Zhuhai on the northern border, across the Macau city proper, to Taipa, connected to the one on Hengqin Island further to the western part of the Pearl River Delta. This project was shelved by the Chui Sai On administration, as it involved a lot of corruption and needed to be refurbished and restarted, in close cooperation with the authorities of the Great Pearl River Basin Area. It is easier to construct it now, since the PRC is very advanced in constructing such projects nowadays.

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biden

por Sérgio de Almeida Correia, em 25.11.20

Aos poucos, o circo das eleições presidenciais estadounidenses vai chegando ao fim.
Passada a fase do folclore, dos foguetes, do barbecue e da bebedeira, perdidas que foram mais de quarenta acções judiciais nos tribunais federais, num deplorável espectáculo de sombras em que se seguiu um guião escrito por um fantasma e com executantes medíocres, por cujo rosto escorria a tinta mais ordinária, chegou a hora da ressaca.
Torna-se evidentemente natural que a bebedeira não poderia ser eterna, pois todos sabemos que, também, nem o amor o é, sendo assim natural que assentada a poeira as coisas comecem a regressar à normalidade.
É verdade que nada voltará a ser como antes. Trump está politicamente morto, aguardando-se agora as exéquias. Obama não voltará; os Clinton e os Bush fazem parte dos livros de história. A página virou-se.
Neste momento, o palco pertence a Joe Biden. E por muita desconfiança que se pudesse ter relativamente às suas propostas, às suas capacidades físicas e intelectuais e à composição da equipa, o que ontem se viu justifica a mais fundada das esperanças.
Num discurso curto, claro e bem articulado, alinhavando as linhas de força da política interna e externa dos EUA para os próximos quatro anos, rodeado de gente devidamente qualificada, experiente e de uma honradez a toda a prova, Biden foi capaz de fazer em poucos minutos o que há mais de quatro anos não se via: apresentar um discurso de Estado sem floreados, mentiras, graçolas de mau gosto e ignorância.
No ouvido ficou-me a frase de que “America leads not only by the example of power, but by the power of the example”, o que não sendo tudo diz muito.
A partir de Janeiro veremos o que acontece, mas o simples facto de passar a haver um programa e uma agenda na Casa Branca, depois de quatro anos de bacanal político, delírio, insânia e balbúrdia melbrookiana são afinal uma pequena prova, se não da existência de Deus, pelo menos de que também a loucura não é eterna.

E este é um excelente sinal para o futuro. Para todos nós que ainda acreditamos nalguma coisa antes de nos levarem para a vida eterna.

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oliveira

por Sérgio de Almeida Correia, em 23.11.20

img2072910259Miguel-Oliveira.jpg

Miguel Oliveira produces a masterclass performance to secure victory on home soil in the Portuguese MotoGP

Oliveira completed a stellar weekend with victory at his home GP, three-seconds ahead of a jubilant Miller - who consolidated the Manufacturer Championship for Ducati.

Para quien tuviera alguna duda el portugués Miguel Oliveira las despejó todas este domingo rubricando el Gran Premio de su vida en MotoGP en el regreso del GP de Portugal al circuito de Portimao y además con un siempre difícil Grand Chelem, pole, victoria, vuelta rápida en carrera y liderando todas las vueltas, su segundo triunfo del año y tercero de KTM en este increíble año para la fábrica de Mattighoffen que ha llegado para quedarse entre los grandes de la categoría reina.

Imaginer qu’arrive ce qu’il s’est passé ce dimanche dépasse l’entendement. Mais non, inutile de se frotter les yeux ou de se pincer: Miguel Oliveira a bien remporté la course. Et quelle victoire !

Il GP dei saluti si chiude nel segno di Miguel Oliveira, profeta in patria.

Miguel Oliveira dominated his home Grand Prix at Portimao to secure his second victory of the 2020 MotoGP season. Oliveira, who started from pole, led from start to finish and pulled the pin almost instantly. The Tech3 KTM rider posted fastest lap after fastest lap in the opening few laps and pulled away from the chasing pack.

Miguel Oliveira heeft de Grote Prijs van Portugal in de MotoGP gewonnen. De KTM-coureur had een dag eerder de poleposition veroverd op het circuit van Portimão en hield de leidende positie in de race vast. 

Miguel Oliveira dio una auténtica exhibición. Vuelta rápida tras vuelta rápida, el portugués disparaba su ventaja por encima de los cuatro segundos antes de llegar incluso al ecuador de la carrera.

Depois de fazer história ao conquistar a sua primeira vitória este ano na Estíria, o português conseguiu a primeira pole da sua carreira e logo no GP de Portugal, não vacilou e deu uma autêntica lição de como pilotar, para no final vencer com larga vantagem sobre o segundo classificado.

Miguel Oliveira n’ose y croire. Lui le pilote satellite KTM Tech3 que personne n’attendait sur le podium à l’aube d’une saison 2020 qui aura bouleversé tous les pronostics, le voilà désormais double vainqueur en MotoGP. Et si le Portugais avait profité de l’attaque de Jack Miller sur Pol Espargaro dans le dernier virage pour leur chiper in-extremis la victoire en Autriche, son récital du jour ne souffre d’aucune contestation possible. Immédiatement échappé en tête depuis la pole, le pilote de Guy Coulon aura été tout simplement intouchable du premier au dernier tour. Sur une autre planète, Oliviera a sans doute réalisé le rêve d’une vie en remportant un Grand Prix MotoGP à domicile.

Era il favorito, partiva dalla pole con una KTM super competitiva: l’unica incertezza era la tenuta alla pressione. Ma Miguel Oliveira non ha sbagliato, ha retto bene la pressione e dopo essere transitato in testa alla prima curva ha allungato passaggio dopo passaggio, fino a creare un vantaggio imbarazzante per gli avversari.

Punto y final a esta temporada de MotoGP. Puso la guinda sobre el pastel un Miguel Oliveira totalmente intratable en el Autódromo Internacional do Algarve. Lideró todas y cada una de las vueltas de la carrera, no dejó que absolutamente nadie le tomara ni un segundo la primera posición, se escapó y cruzó primer por meta bajo la bandera ajedrezada.

He was just the best rider, this weekend and today.

Fica assim feita a crónica da corrida de Portimão.

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série

por Sérgio de Almeida Correia, em 19.11.20

whose-vote-counts-explained.jpg

Trata-se de uma série muito recente da plataforma Netflix, com apenas três episódios, cada um deles com cerca de 25 minutos. Os três episódios, com os títulos The Right to Vote, Can You Buy an Election e Whose Vote Counts, têm locução de Leonardo Dicaprio, Selena Gomez e John Legend, por eles desfilando académicos, políticos em geral, congressistas e senadores dos Republicanos e dos Democratas.

Cheia de informação actual e pertinente, divulgada, explicada e discutida em termos que a todos são acessíveis, foi uma das minhas últimas agradáveis surpresas.

Do sistema eleitoral ao gerrymandering, com exemplos tirados da realidade que ajudam à compreensão de algumas minudências, sem esquecer as questões relativas ao voto por correspondência, ao peso da história e da tradição constitucional e jurídica, é um verdadeiro e muito interessante curso para leigos, e não só, em questões políticas e eleitorais dos EUA.

Pela sua actualidade perante o que se está a passar nas terras do Tio Sam, não poderia deixar de aqui trazê-la e de a todos recomendar.

Definitivamente a não perder.

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arbitragens

por Sérgio de Almeida Correia, em 16.11.20

"A solução do problema [atrasos nos tribunais administrativos e fiscais] “é facílima e barata”, diz Manuel Soares. Se ainda não foi posta em prática é porquea força do lóbi das arbitragens privadastransformou essa prática “num negócio de milhões que floresce à custa da ineficiência dos tribunais.

(...)

"António Ventinhas é mais contido nas críticas à justiça privada, mas também as faz: “Poderá ser um campo de atuação em matérias muito específicas, que envolvam grandes contratos internacionais em que se apliquem várias legislações de vários países em matérias muito técnicas. Mas a generalização das arbitragens pode levar a um desinvestimento geral na justiça.” (Expresso Revista, edição 2507, 13 de Novembro)

 

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interessante

por Sérgio de Almeida Correia, em 16.11.20

Untitled.jpg

"I ask if last year’s protests have simply accelerated the end of Hong Kong’s semi-autonomy. “Definitely,” he says, adding that if some protesters hadn’t resorted to violence, the national security law would not yet have been imposed. Even in the face of police brutality, he says, non-violence is the only way to maintain the moral high ground and would have been more astute tactically. Still, he adds, it was inevitable that Beijing would eventually take control."

Jimmy Lai, o multimilionário tycoon de Hong Kong, proprietário do Apple Daily, deu uma interessante entrevista ao Financial Times.

O excerto que acima transcrevo é revelador daquilo que muitos pensavam quando em 2019 alguns dos jovens turcos do movimento pró-democracia de Hong Kong resolveram aproveitar a "oportunidade" que lhes foi dada pela polícia e o governo de Carrie Lam para vandalizarem  o Legco e atacarem os símbolos nacionais chineses, ao mesmo tempo que havia quem se passeasse pelas ruas com bandeiras dos EUA e do tempo colonial britânico.

A ignorância, a falta de visão e de estratégia política de longo prazo deram cabo do movimento, o que acaba por ser realçado pelas próprias declarações de Lai.

Mas como se viu pelo que aconteceu a semana passada, com a renúncia aos mandatos para que haviam sido eleitos por todos os deputados do Legislative Council, uma vez mais se revelou quer a falta de tarimba política, quer as vistas curtas de quem tomou tal decisão. A lição não foi aprendida.

Tivesse o movimento pró-democracia de Hong Kong tido outros líderes e certamente que não se teria chegado à situação actual.

Os hongkongers, por tudo o que fizeram para preservação da autonomia e da sua identidade dentro da grande China, trazendo para as ruas milhões que pacificamente desfilaram, mereciam mais do que o simples voluntarismo.

 

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títulos

por Sérgio de Almeida Correia, em 11.11.20

Basta olhar para os títulos dos jornais e ter tomado atenção ao que a televisão e a rádio têm referido para se perceber que o conflito entre o Presidente do Tribunal de Última Instância e o Presidente da Associação dos Advogados de Macau não só não traz nada de bom como não augura um futuro melhor.

A minha leitura é que o conflito passou do plano pessoal para o institucional. As consequências são óbvias.

Ainda esta manhã se lia que "Neto Valente pede a juízes para contrariarem 'mau exemplo' de Sam Hou Fai". Noutro local era o "Presidente em causa própria" que saltava aos olhos de todos. Num terceiro matutino sublinhava-se que "Neto Valente renova criticas a Sam Hou Fai". E para quem não leia em português, o Macau Daily Times esclarecia que "Neto Valente accuses Sam Hou Fai of being 'judge in his own cause".

De uma coisa já todos temos a certeza: estiveram ambos mal. Muito mal.  

Erros todos cometemos, alguns mais do que outros. E recorrentemente no caso de algumas personagens; sendo que saber quem aqui tem ou não teve razão é para o efeito absolutamente indiferente quando se conhece o que vem de trás e que de cada vez que há fumo só meia-verdade se revela. Porque nunca convém que se saiba tudo.

Em todo o caso, o mau serviço que está neste momento a ser prestado à justiça e à advocacia pelos protagonistas é notório. E se saída há confesso que só vejo uma, qual seja a de cada um ir à sua vida, deixando as instituições renovarem-se e funcionarem (apesar de eu não acreditar que isso possa vir a acontecer num futuro próximo). 

O que está na rua desprestigia-os tanto a eles como às instituições a que pertencem e à RAEM. 

Talvez o Chefe do Executivo possa fazer uso dos seus bons ofícios para colocar um ponto final nesta bagunça. A ver se isto acalma.

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biden

por Sérgio de Almeida Correia, em 09.11.20

Saiba o que muda para o Brasil com a eleição de Joe Biden - Notícias - R7  Internacional

Uma análise mais profunda ficará para outra altura. Agora trata-se tão só de saudar a vitória de Joe Biden e Kamala Harris nas eleições presidenciais estado-unidenses.

Depois de quatro anos fantasmagóricos, em que a rotação de pessoal na Casa Branca parecia a entrada e saída de pessoas na montanha russa de uma qualquer feira do Midwest profundo, enquanto um zombie com o cabelo pintado de amarelo se passeava pelo local, o resultado das presidenciais de 2020 é bem mais do que um simples regresso à decência.

É verdade que também o é, após quatro anos de indecência, em que a mentira, o ódio, a desinformação permanente, o desrespeito pelos valores mais essenciais da dignidade humana e a ignorância foram sendo espalhados como um vírus por todo o país e o mundo.

Mas onde não se vislumbrava uma saída foi possível traçar um caminho, e pacientemente percorrê-lo até surgir essa saída.

O fantasma do trumpismo, a besta, poderá continuar a pairar por aí como uma alma penada que já não fará qualquer diferença. Uma vez mais foi possível assistir ao triunfo da razão dentro das limitadas barreiras do sistema. 

Importa então voltar a fazer a água correr, deixar a vida regressar à normalidade, retomar o equilíbrio, a ponderação da decisão e a serenidade nas escolhas, deixando de lado o radicalismo montanhês de Bannon e companhia, e esperar que os Estados Unidos da América, essa grande nação que tanto impressionou Tocqueville, possa libertar-se do demagogo ávido de poder e apenas preocupado com os seus interesses pessoais, de que falava George Washington, e regressar ao convívio da comunidade internacional, ao seio das nações civilizadas. De onde, apesar de todos os seus defeitos e limitações, nunca deveria ter saído.

Porque será sempre preferível uma democracia incompleta ao autoritarismo autocrático, policial e cerceador das liberdades dos novos candidatos a senhores do mundo.

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surreal

por Sérgio de Almeida Correia, em 07.11.20

Lanterna C/ 5 Leds Recarregável Bivolt 9MU EDA - TudodeFerramentas -  Levando Praticidade ao seu Dia a Dia

Quando alguém, numa associação pública profissional, a única da cidade, depois de estar à frente dela durante cerca de 25 anos, tendo sido Presidente do seu Conselho Superior (1991-1993 e 2000-2001),  Presidente da Assembleia Geral (1993-1995) e Presidente da Direcção (de 1996 a 1999; e desde 2002 até 2020), e ainda assim se predispôe fazer mais um mandato tendo cara para dizer que vai escolher um sucessor e que o Presidente do Tribunal de Última Instância está lá há muitos anos e deve sair, uma pessoa é capaz de pensar que está na Rússia de Putin ou na Coreia do Norte.

Mas depois, vendo-se com mais atenção, percebe-se que é em Macau (R.P. da China), no século XXI, quando esse alguém esclarece que anda à procura e promete encontrar um "sucessor", e que fará, imagine-se, "todos os possíveis para arranjar uma sucessão sem ruptura com o passado e que evite que eu continue a ser o presidente". E tudo sem necessidade de alterar a Constituição porque já estava tudo previsto.

Um verdadeiro mandarinato.

Eu sei que uma sucessão dinástica é sempre menos traumatizante, mas isso só é verdade se o imperador ainda conseguir ser escutado. É que não havendo sucessores, ao fim de tantas décadas, o poder acaba por cair na rua.

E não se podendo pedir alguém que esteja na linha de sucessão à Coroa Espanhola, nem à Rainha Isabel II, a solução talve seja a de os membros da dita fazerem uma vaquinha para oferecerem uma lanterna ao incumbente.

Ao fim de tantos anos à procura de um sucessor, se não for de lanterna nunca mais se encontra quem lhe tire o fardo. Quem lhe suceda no trono.

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