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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
(créditos: Jornal de Negócios/LUSA)
Ultimamente, o líder do PSD não tem dito coisas muito acertadas. O Verão está à porta, com ele a silly season, e Rui Rio está a ver se consegue corrigir a mira, desviando-a dos seus pés.
Não me pareceu por isso desajustada a sua sugestão de que, aproveitando-se o facto de se ir equacionar a retirada das condecorações ao figurão Berardo, se aproveitasse o momento para fazer uma pequena limpeza nas Ordens Honoríficas. Não me parecendo viável dar-lhes um banho à mangueirada com creolina, pois isso seria pouco consentâneo com os nossos princípios, poder-se-ia começar por aí.
Quem nas últimas décadas tem escrito o que escrevi sobre a matéria só pode congratular-se com a sugestão de Rio.
E podiam aproveitar a ocasião para também fazerem uma triagem às que foram atribuídas em Macau antes e depois de 1999 a agradecer favores de vária ordem. É que há para aí mais uns figurões – que nunca deviam ter sido condecorados e que só o foram porque os vapores da pataca eram mais fortes do que os do decência – a pedirem insistentemente que lhes retirem as ditas. Por causa do peso, não é por mais nada.
Se então o fizessem no Dez de Junho, em vez de atribuírem mais uns quantos brindes a tipos de duvidosa estirpe, podiam aproveitar para realizar uma sessão solene, com toda a pompa, a anunciar as que foram retiradas.
Poderia ser que assim o povão aplaudisse a separação do trigo do joio, se reencontrasse com a Chancelaria e, quem sabe, lhe reconhecesse alguma utilidade prática.