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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Creio que todos os portugueses já tinham reparado. Não é de hoje nem de ontem, mas desde que perderam a maioria na Assembleia da República e foram corridos do Governo, os líderes dos partidos da oposição – Passos Coelho e Assunção Cristas – passaram a utilizar um tipo de linguagem que não lhes era habitual, e que chegou a fazer a diferença, no caso do CDS-PP então com Paulo Portas ao leme, no tempo em que dirigiram os destinos do país. O recurso à violência verbal, tão típica de outros partidos, quando se referem a quem lhes sucedeu tornou-se a norma no discurso daqueles dirigentes.
Estou certo que não será por aí que farão melhor oposição, subirão nas sondagens ou demonstrarão a razão dos seus argumentos. Azedume, despeito, ressaibo raiando o insulto é o que hoje em dia, lamentavelmente, mais identifica o seu discurso político, e que até nisso se mostra indiferente aos apelos conciliatórios do Presidente da República, fazendo ouvidos moucos ao que este prega.
Só que, desta vez, um dos habituais visados não se ficou. Capoulas Santos respondeu à jovenzita do CDS-PP como mandam as regras e sem perder a compostura.
No caso de Passos Coelho compreendo a dificuldade em regressar ao seu anterior registo enquanto estiverem ao seu lado pessoas como aquelas que levou consigo para a direcção do partido. A começar por alguns de quem toda a gente se recorda em que termos se referiram ao Tribunal Constitucional e seus juízes. Já no caso de Assunção Cristas sugerir-lhe-ia que procurasse ser menos assídua na frequência de algumas feiras e tascas, enquanto ainda vai a tempo de não perder as boas maneiras. Armar "peixeiradas" não é coisa de meninas de bem, menos ainda se adequando a quem frequenta missas todos os Domingos.