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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Vou ao balcão de um banco de Macau depositar um cheque. No banco dizem-me que a conta tem mais do que um titular e que esse cheque deverá ser passado em nome dos vários titulares, isto é, com todos os nomes que figuram na conta existente nesse banco.
Achei a exigência uma imbecilidade porque, além do mais, se a conta tiver dez ou vinte titulares não haverá espaço disponível em nenhum cheque deste mundo para lá pôr os nomes de todos os titulares. O banco recusou o depósito do cheque na conta a que se destinava por só lá ter o nome de um dos titulares. A seguir escrevi à AMCM (Autoridade Monetária de Macau) para saber se esse procedimento do banco está correcto.
Pensava eu que a resposta seria simples. Enganei-me. A AMCM em resposta à minha comunicação veio dizer-me o seguinte:
"Segundo as informações disponíveis da AMCM, o Banco ............... (Macau), S.A. estabeleceu algumas regras na “Mandate for Joint Account”, relativas ao processamento de cheques a depositar nas contas detidas por mais de um titular. Para o esclarecimento de quaisquer dúvidas, poderá pedir mais informações adicionais junto do respectivo banco".
Volto a insistir dizendo que não foi isso que eu perguntei, pelo que repito de novo a pergunta para que não haja dúvidas. A AMCM envia-me nova resposta sobre a mesma questão:
"O beneficiário do cheque cruzado e o titular da conta destinada a depositar o cheque deve ser o mesmo, de modo a proteger o interesse do beneficiário".
Ainda havia uma outra dúvida que também foi respondida em termos idênticos. Isto é, não foi.
Fiquei sem perceber se nessa instituição pública da RAEM ainda existirá alguém que saiba ler e escrever a segunda língua oficial de Macau. Ou se preferem que me faça de estúpido. Estamos assim.