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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Depois do que há uns dias escrevi sobre a consulta pública relativa aos galináceos, não há nada como a detecção de um bom vírus para acabar com as hesitações. De um dia para o outro foram abatidas cerca de nove mil aves devido ao subtipo do H7 descoberto numa banca do Mercado do Iao Hon. De nada valeu a consulta pública que anteriormente se conduziu. Agora fez-se sem hesitar o que importava e abateram-se as aves enquanto o diabo esfregava o olho. Pena é que a proibição de venda e abate de galináceos vivos seja para vigorar só durante três dias. Continuo a não perceber por que é que perante a evidência de que o vírus entra com a maior das facilidades e rapidamente se instala entre nós, mais a mais admitindo já o IACM que a proibição ontem decretada se possa alargar por mais 21 dias, não aproveitam para acabar de imediato com essa imundície que é a conservação das aves vivas nos mercados e o seu abate sem quaisquer condições de higiene em nome de uma pretensa tradição cultural.
Há coisas com as quais não se brinca e já é tempo de acabar com as figuras tristes. Não há nada, numa perspectiva de saúde pública e continuando o risco a existir, como o próprio IACM reconhece, que não justifique a proibição imediata e a título definitivo do abate de aves vivas nos mercados de Macau.