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por Sérgio de Almeida Correia, em 28.05.15

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Não se sai de onde nunca se partiu. Mas a casa volta-se sempre. 

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polícias

por Sérgio de Almeida Correia, em 19.05.15

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Não é de hoje, nem de ontem. A violência, sempre estúpida e sem sentido, tem vindo a impor-se ao desporto em momentos que deviam de ser de festa e de alegria. E tratando-se de um fenómeno que tem décadas, que tem crescido à sombra da tolerância do Estado democrático, não se percebe por que razão as entidades com responsabilidades continuam a ser tão brandas na erradicação desse fenómeno. 

Fruto do desinvestimento na educação, resultado da cultura do boné e smartphone, de uma cultura de laxismo e irresponsabilidade que perpassa por toda a estrutura do Estado e da sociedade portuguesa, dos mais altos cargos aos estratos mais desfavorecidos, onde a violência e as imagens que lhe estão associadas promovem valores que nada têm a ver com aqueles que se pretendem para uma sociedade civilizada, os comportamentos que se têm visto dentro e fora dos estádios não são apenas o resultado da actuação de grupos organizados, de claques de vândalos que aproveitam o fenómeno desportivo para extravasar toda a sua boçalidade, seja sob a forma de verylights, destruição de bombas de gasolina, assaltos na via pública, danos em veículos, provocação de incêndios em recintos desportivos e bens públicos, mas também de actuações policiais próprias de estados autoritários que fazem da violência sobre os seus cidadãos uma marca de lei.

As condições de vida não explicam, ainda menos justificam, o que se tem visto, porque a violência acontece tanto em alturas de crise como de prosperidade, em nações ricas e em velhas democracias como em países pobres onde grassa o espectro da fome e da miséria. As causas e as razões serão certamente mais profundas.

Se é intolerável que os estádios de futebol e as claques estejam recheadas de bandidos, de marginais, de traficantes, de neo-nazis disfarçados, de pulhas ignorantes, de gente xenófoba e racista, menos ainda se pode tolerar que quem tem a obrigação e a responsabilidade de assegurar a ordem e a paz públicas reincida em comportamentos próprios desse tipo de marginais. Infelizmente, tenho tido conhecimento e sido testemunha de algumas actuações por parte de agentes de autoridade que em nada abonam ao bom nome das corporações que representam e que em vez de induzirem a confiança na sua actuação provocam o medo e o receio, levando muitas vezes a que quem necessita de ajuda e protecção não apresente queixa por receio da forma como será recebido e encarado por quem tem a responsabilidade de acolher as participações. As forças de segurança não podem ser o porto de abrigo de marginais, de verdadeiros delinquentes, que à falta de melhores oportunidades procuram ali encontrar a protecção necessária para darem vazão aos seus instintos mais primários.

O que aconteceu em Lisboa e em Guimarães só é objecto de notícia e censura porque foi testemunhado por muita gente, porque foi filmado e visto de muitos ângulos. Não raro nos tribunais há cidadãos indefesos que são confrontados com queixas de energúmenos que fazem uso da farda e do estatuto para fazerem justiça e obterem indemnizações a que sabem não ter direito, sabendo que à falta de outras testemunhas é sempre a sua palavra que se impõe ao Ministério Público e ao juiz. Recordo-me inclusivamente de um caso ocorrido no Algarve, há uns anos, em que um visado depois de saber por um colega que tinha sido apresentada queixa contra si, devido ao seu comportamento de gangster, foi a correr apresentar queixa contra o desgraçado que tinha sido agredido, humilhado e insultado por não lhe ter dado prioridade num cruzamento. Por não ter tido a prioridade que desejava fez uma ultrapassagem perigosa com a sua viatura de uso pessoal, estancou à frente do outro veículo, atravessando-se na via, numa atitude de tão grande prepotência e abuso que alguns colegas referiram ser típica, embora ninguém denunciasse o fulano para não ser acusado de bufaria.   

Espero que o inquérito que foi mandado instaurar pela ministra da Administração Interna seja célere, que o Ministério Público não vacile, ao contrário do que por vezes acontece, e que os senhores juízes tenham mão pesada. Se não podemos tolerar gangues de vândalos nas claques desportivas, menos ainda se pode aceitar que graduados de uma corporação policial actuem da forma que aqueles homens actuaram, contra gente indefesa, que nada tinha feito que justificasse a brutalidade das agressões. E mesmo que tivesse havido um insulto prévio, ou uma "cuspidela", o que eu não acredito, a um agente ou a um graduado da PSP, que estava armado, sempre seria exigível ao "ofendido" outro tipo de actuação. Nada pode servir de atenuante para a actuação de cavalgaduras, seja para com as que ostentam a tatuagem da claque ou as que usam o estatuto ou a farda como carta de alforria para fazerem a "justiça" que entendem, não se coibindo de mentir e inventar histórias para se defenderem daquilo que está à vista de todos e assim justificarem os desmandos que praticam quando apanhados em flagrante.

A violência gera mais violência. A desconfiança gera mais desconfiança. Os cidadãos têm de confiar na sua polícia. Eu quero confiar na polícia do meu país. E tenho o direito e o dever de exigi-lo. A polícia de um Estado de direito democrático não pode ser confundida com a bandidagem fardada dos estados policiais.

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homenagem

por Sérgio de Almeida Correia, em 18.05.15

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 (foto DR)

Confesso que não esperava tanto, mas estão todos de parabéns. Tiveram a gentileza de ir a Lisboa entregar o título e o treinador ainda se ajoelhou na capital. 

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balanço

por Sérgio de Almeida Correia, em 17.05.15

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A partir de hoje, quando virem este post, já podem começar a fazer o balanço da época nas conferências de imprensa. A época acabou. Uma semana mais cedo do que aquilo que previam. E com mais um golo mal anulado. Essa é que é essa.

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certezas

por Sérgio de Almeida Correia, em 16.05.15

Na vida há poucas, quase nenhumas, com excepção de uma que eu tenho: hei-de morrer a escrever como me ensinaram. Se possível sem dar muitos erros.

A não ser que me cortem as mãos. Ou a ração.

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king

por Sérgio de Almeida Correia, em 15.05.15

Já não poderá rever The life of Riley, mas estou certo de que lá em cima não lhe negarão o direito de repousar ao som dos blues. As lendas são eternas. Nós é que temos de lhe agradecer e de nos curvarmos perante a sua obra.

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rtp

por Sérgio de Almeida Correia, em 15.05.15

Nos últimos anos, para quem acompanha as emissões da RTP Internacional na Ásia, era normal ver o Jornal da Tarde, em directo, por volta das 20 ou das 21h locais, dependendo da diferença horária ser de 7 ou 8 horas. A RTP Internacional teve, inclusivamente, um anúncio em que avisava os seus telespectadores asiáticos de que já podiam acompanhar os noticiários à hora local mais conveniente. Confesso que isso, e um ou outro programa cultural ou desportivo, normalmente a desoras, era o pouco que se conseguia ver. Agora, de repente, de há duas ou três semanas para cá, sem aviso, a programação foi alterada e ninguém sabe porquê. Não há uma notícia, não há um horário fiável, a programação é um enigma, e volta não volta lá levamos com a repetição de mais um enlatado entre o Preço Certo, o Jorge Gabriel, a Ágata e as notícias dos arraiais na Madeira. À hora que seria habitualmente a do Jornal da Tarde passámos a ser brindados com novelas requentadas da "produção nacional" e por volta das 21h, quando aquelas acabam, começa o "5 Para a Meia-Noite", que como todos sabem é um programa altamente educativo, com bolinha vermelha no canto superior direito, para que a miudagem se divirta à brava antes de se ir deitar. O Dr. José Cesário, que dentro de dias estará de novo e pela enésima vez em excursão por Macau para visitar os seus compinchas do partido, dizer no seu estilo paroquial que está atento e a trabalhar e distribuir os habituais brindes do 10 de Junho, o que acontece numa altura em que mais dois secretários de Estado também andaram a "exportar" Portugal no Oriente, talvez possa, entre os seus afazeres partidários, dar uma palavrinha à nova Administração da RTP e trazer uma explicação. Compreende-se que as eleições legislativas, as eleições para o Conselho das Comunidades Portuguesas, os afazeres empresariais e a distribuição de comendas ocupem grande parte do seu tempo, mas já agora se pudesse contribuir para alguma coisa de útil, e que é do interesse de toda a comunidade, também não seria mau.

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por Sérgio de Almeida Correia, em 13.05.15

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A caminho do velho Ténis Militar Naval, ao começo da noite, sou travado logo a seguir ao quartel dos bombeiros, antes de entrar na Praia Grande. Lá em baixo, junto às ameias da Fortaleza do Bom Parto, pude ver  a luz das velas que transportavam. Seguiram por ali fora, compassadamente, em silêncio, protegidos da noite quente e húmida pela brisa que se desprendia da copa das frondosas árvores. Ao lado, em silêncio, os atletas e caminhantes de outros credos, alguns sem credo, quem sabe, cumpriam o seu ritual diário. Para cima e para baixo. Parámos todos. Não houve buzinas. Descreveram a curva da Calçada da Praia e tomaram o seu caminho até à Igreja de Nossa Senhora da Penha. Alguns milhares, num silêncio apenas cortado pelas suas orações. Quando os últimos deixaram a Avenida da República, iniciando a subida para a Penha, pudemos então avançar. De dentro do carro, em silêncio, senti a noite. Um pouco mais acima, os focos iluminavam a igreja. E o Bela Vista. Do outro lado, em silêncio na distância, os néones do Grande Lisboa, do Star World, do Wynn. O outro mundo da luz. Pouco depois, enquanto esperava, de raquete na mão, com Santa Sancha ali por cima, espiando-me, como tantas outras vezes acontecera no passado, vendo os reflexos que me chegavam dos novos lagos, ouvi os cânticos que em louvor se elevavam. Por momentos pensei que o tempo tinha parado. Dir-se-ia que tudo estivera sempre ali. Como o tempo. Eu continuo lá, como há trinta anos. Como se estivera sempre ali todos os 13 de Maio. À espera de os ver. No mesmo tempo, com a mesma noite, vendo a mesma luz, protegido pelo mesmo silêncio. Pela sua fé. A fé não se descreve. A fé não se vê. E, no entanto, ela ali está. Em silêncio, entre aquela mole compacta e serena que vê os séculos passarem. Ou serão os séculos que os vêem passar e os vão acolhendo? Sem mercadejar com os santinhos e a água benta, cada um com a sua vela, cada um segurando a sua luz, buscando a sua estrela, sabe-se lá em que língua, em que dialectos. Vão por ali, dialogando com o que não se vê, com quem não está, com quem foi, em silêncio. Sinto-os aconchegados. Vejo os seus rostos, a sua serenidade. A fé deve ser isto. E eu ali, para ali, transportando o tempo comigo, em silêncio, como se nada daquilo fosse possível. Como se nada existisse a não ser aquilo. Aquele silêncio, aqueles cânticos, aquela paz. Aquela luz. Que me traz e que me leva, quando quer, quantas vezes sem eu saber. Silenciosamente. Como se eu não fosse também daqui. Como se eu não fosse também um dos deles. Como se eu não tivesse fé.

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servilismo

por Sérgio de Almeida Correia, em 13.05.15

"Portugal é o primeiro dos oito países da lusofonia que abandona por completo a velha grafia

Para evitar problemas na aplicação da nova escrita, o Parlamento recomendou ao governo, no ano passado, a criação de um grupo de trabalho que acompanhasse todo o processo. Mas o governo decidiu não constituir esse grupo de trabalho e nem produziu o relatório que era pedido pelos deputados - DN, 13/05/2015

Esta é a verdadeira razão pela qual a troika entrou em Portugal.

Quando nem o órgão por excelência da República consegue exercer os seus poderes de fiscalização e impor ao Governo que dele depende o cumprimento do que ali é democraticamente deliberado, numa questão desta gravidade e dimensão, que afecta todos os que escrevem em português dentro e fora de portas, como é que alguém estava à espera que não fossem aprovados com a mesma ligeireza orçamentos despesistas, orçamentos rectificativos, orçamentos de contenção e tudo o mais que lhes mandam votar e aprovar "de cruz"? 

 

 

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cuba

por Sérgio de Almeida Correia, em 11.05.15

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 (foto: Vaticano)

O modo como Cuba está a fazer a transição do socialismo puro e duro, herdado de Fidel, para um modelo, que ainda não se sabe qual é, mais consentâneo com os valores globalizadores da liberdade e da democracia, tem vindo a afirmar-se de forma discreta e, ao mesmo tempo, a meu ver, inteligente.

Não sei até onde poderá ir a abertura cubana, nem se o restabelecimento de relações diplomáticas normais entre Cuba e os Estados Unidos da América conduzirá à implantação da democracia. De qualquer modo, penso que não será difícil imaginar, pelos sinais que nos chegam, que o que vier terá todas as condições para ser melhor, do ponto de vista dos direitos humanos, da liberdade, da democracia, do apoio da comunidade internacional e da qualidade de vida dos cubanos, do que o testemunho que foi recebido.

Sem grande alarido, nem declarações excessivas, Cuba parece reencontrar o seu espaço, que no caso implica também uma mudança no seu relacionamento com o Vaticano, o que é capaz de deixar apreensivos os mais fiéis guevaristas. E, às vezes, são pequenos (grandes) pormenores que, passando despercebidos na comunicação social, vão marcando a diferença. É certo que persistem algumas contradições quando tudo isto acontece ao mesmo tempo que é publicado um artigo de Fidel com o sugestivo título de "Nuestro derecho a ser Marxistas-Leninistas", mas essas serão arestas que o tempo se encarregará de limar.

Embora tenha sido assinalado o carácter privado da visita de Raúl Castro ao Vaticano, não deixa de ser irónico que o Presidente cubano se tenha feito acompanhar, para além de um vice-presidente do Conselho de Ministros e do chanceler Bruno Rodriguez Parilla, do ministro das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, Leopoldo Cintra Frías. Notar-se-á que Castro também chegou ao Vaticano num belíssimo Maserati, com a bandeira de Cuba, para visitar um Papa que se tem afirmado, entre outras coisas, pelo seu desapego ao luxo e aos sinais exteriores de opulência, aliás em coerência com aquilo que tem publicamente defendido, é a sua prática e constitui o seu pensamento.

Sem colocar em causa o caminho que está a ser seguido, que vejo com satisfação pelos benefícios que poderá trazer a todos os cubanos e pelo clima de paz e segurança que transporta para as Caraíbas, espero igualmente que em nome da verdade, e por respeito para com todos aqueles que sofreram os horrores da ditadura, o facto da Revolução Cubana e das suas Forças Armadas Revolucionárias passarem a estar abençoadas não faça Francisco esquecer-se dos excessos que em nome delas foram cometidos. 

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excepcional

por Sérgio de Almeida Correia, em 10.05.15

Em 2010, escolhi o seu Tempo Contado como o meu blogue da semana. Foi uma das minhas primeiras escolhas pelas razões que ali ficaram a constar. E que hoje repetiria. Depois disso continuei a apreciar a sua escrita e estou sumamente agradecido a Francisco José Viegas, a quem não tive oportunidade de dizer quando o vi na Rota das Letras, pelo trabalho de edição da sua obra. Ontem, tive o prazer de poder ver e ouvir o extraordinário documentário, e peço desculpa por não me conter, que António Pedro Vasconcelos e Leandro Ferreira realizaram sobre essa personagem fascinante que é J. Rentes de Carvalho. Gostava de vos poder aqui deixar o link para verem o programa, mas tudo o que consegui foi o horário das próximas emissões da RTP. Se puderem não percam, pois trata-se de uma verdadeira pérola de excelência no mau serviço público que normalmente é prestado aos portugueses que estão fora e que a acompanham pelas  emissões da RTP Internacional.

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sebastianismo

por Sérgio de Almeida Correia, em 05.05.15

Havia quem sonhasse com o Quinto Império, com um homem das Arábias, com tipos saídos das mil e uma noites. Vêm sempre para nos resgatar de alguém ou de alguma coisa. Há séculos que é assim.

O drama de Portugal é o drama dos mitos. Como nunca são suficientes, os portugueses agarram-se ao primeiro que lhes sai na rifa. Quando mais precisamos de ajuda correm a entronizar um parlapatão. Quando nos livramos deste sai-nos um biltre. Não há santos que nos valham. E os que nos podiam valer já estão fartos da nossa estupidez. Perderam a paciência. Agora só se preocupam com quem merece. 

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limite

por Sérgio de Almeida Correia, em 01.05.15

Atingido o limite da exasperação, o tempo é de silêncio.

A reclusão na leitura e na reflexão é um bálsamo para o quotidiano surreal.

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conveniências

por Sérgio de Almeida Correia, em 01.05.15

 

Está explicado como conseguiu ele que fosse levada a bom termo a legislatura. Estas coisas devem ser ditas na primeira pessoa e seria injusto culpar Cavaco Silva. Eu só tenho que aplaudir.

Ainda bem que não tenho as nádegas de alguns militantes. Sempre sou poupado ao festim.

 

(e é bom que os estafermos que deambulam por aí, escutando quem não devem, se lembrem de que nem todos os vertebrados são vulgares) 

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