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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Um país em que os governos, os partidos e as prisões estão cheios de homens invulgares. Uns ferozes, outros mansos. Na Presidência da República também há um. Invulgar e politicamente castrado. Compreende-se, ele não se vê como um político profissional. Os outros sim, daí as diferenças.
A mim bastava-me um país de homens normais para me fazer feliz. E que soubessem jogar à bola.
Portugal tem falta de homens normais. Normais e decentes. Como o Pessoa.
Um tipo que se abalança a ser líder de um dos principais partidos políticos portugueses e primeiro-ministro com um lastro de esquecimentos, inclusivamente ignorando a lei que o obrigava a descontar para a Segurança Social, durante cinco anos (não foram cinco meses), que tem a latosa de dizer que nunca foi notificado para pagar o que devia, cuja dívida prescreveu cinco anos depois, e ainda arrisca dizer que as críticas que lhe são feitas são especulações infundadas, ou é um tipo muito mal formado ou um cretino.
Em qualquer caso, a única coisa que merece é que os seus concidadãos, que sempre descontaram e pagaram, alguns com dificuldades por terem rendimentos exíguos, lhe manifestem a sua desconfiança. E em democracia só há uma maneira de fazê-lo: censurando-o nas urnas.