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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Um tipo lê as coisas que o Tozé agora deu em dizer e no fim só pode tirar uma conclusão. Quando o rapaz estava a dissertar sobre a promiscuidade entre os negócios e a política, quando se referia à linha de fractura entre a nova e a velha política, ao clima de podridão e às meias-tintas, à mistura entre negócios, política e vida pública, afinal não estava a referir-se ao Costa, nem aos gajos da capital que olham com desdém para os que vêm da província. Mas a mandar um recado aos seus apoiantes. Com muito afecto, é claro. Apesar da senhora presidente da Comissão Parlamentar de Saúde não ver nisso qualquer incompatibilidade. Incompatibilidade, para falar verdade, também não vejo. E penso que estas coisas devem ser assumidas sem meias-tintas, de preferência usando a mesma conta bancária para se receber o salário e os bónus que aquela malta (estou a conter-me) foi distribuindo generosamente à gente simpática, educada, disponível e compreensiva do centrão. Vejo é semelhanças. Muitas. Entre o que ele e Passos Coelho dizem e fazem. Como já via com um outro figurão ou com Cavaco Silva. Sempre com o ar mais sério e generoso do mundo. É a política com "p" pequenino. Com "p" de "portugal". De "ps", de "política". E também de muitas outras palavras começadas com "p", sobejamente conhecidas do Tozé, que me abstenho de enumerar para não estragar o domingo a quem tem a bondade de me ler.