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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Mais de dois anos volvidos sobre o congresso aclamatório de Braga o aparelho pode estar domesticado. E todos, por mais remota que seja a secção, já terão sido afectuosamente abraçados e osculados. Os remoques é que continuam a suceder-se. Um dia é Costa, no outro é Assis. E de alguns mais, como Carlos César, nem valerá a pena falar. Entra pelos olhos. E embora outra coisa não fosse de esperar, de tão desastrada que é a gestão política até das coisas mais elementares, o problema manter-se-á.
O drama dos maus gestores, qualquer que seja a área, não é só o rodearem-se de "yes men" incompetentes e serem desconfiados em relação a quem lhes estende a mão para os ajudar. O pior dessa fita é acreditarem que são capazes, enquanto todos vêem que à medida que aumenta o tempo de mandato e crescem as responsabilidades não há correspondência numa maior confiança e oportunidade na tomada das decisões exigidas. Alguns dão um passo em frente e tornam-se cómicos, antes de saírem com estardalhaço. Outros têm tanta dificuldade em decidir e gerir os tempos que a simples expressão facial reflecte a violência do desconforto interior. O calvário desnuda a tibieza, que é afinal a sua imagem de marca, e quando se sentem acossados revelam-se inseguros e autoritários.