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Linhas em jeito de diário. Inspiração. Homenagem a espíritos livres. Lugar de evocação. Registo do quotidiano, espaço de encontros. Refúgio de olhares. Espécie de tributo à escrita límpida, serena e franca de Marcello Duarte Mathias.
Decidi não os procurar e esperar que as coisas fossem acontecendo. Por vezes não é fácil fazer a recuperação da memória. Sorrateiramente comecei a vê-los, a encontrá-los. Prefiro que seja assim. As coisas tornam-se mais fáceis quando sabem que estamos sem que nos vejam. As pessoas adaptam-se à nossa presença pressentida. E nós entramos, ficamos, fazemos a nossa vida discretamente, pontuando-a com aparições fugazes. Como se nunca tivéssemos saído.
“O bom viajante tem o dom de surpreender-se. Tem um interesse perpétuo pelas diferenças que encontra entre o que conhece no seu país e o que vê no estrangeiro. (...) Sinto-me muitas vezes cansado de mim mesmo e tenho impressão de que viajando posso enriquecer a minha personalidade, e assim mudar um pouco. Nunca regresso de uma viagem exactamente com o mesmo que levei comigo.” – Somerset Maugham, Um gentleman na Ásia, Lisboa, Tinta-da-China, 2013.